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domingo, 4 de abril de 2010

POESIA

TIMOR Não olhes distraídoÉ contigo. Timor nasceu país estranguladoTimor é seara destruídaTimor é lágrimas e muito sofrimentoTimor é chaga viva e imensa solidãoTimor é luto e morte agigantada. Não olhes distraídoÉ contigo. Timor é urgente. É tempo aindaGrita ao Mundo:É urgente respeitar aLIBERDADE. R.F. 08.09.99José Almeida da Silva TIMOR LORO SAE Deixaram-te decidir, TimorBêbados de poder.Nasceste Loro sae. Então saquearam-te a liberdadeE queimaram-te casas e haveres e a alegriaE mataram-te avós e pais e filhos indefesosE escorraçaram-te do teu próprio espaçoOferecendo-te o sofrimento e a fome e o cansaço. Alguns dos teus deixaram seduzir-sePelos grilhões. Esqueceram-se no entanto que não podiamNão podiam destruir-te a almaE a liberdade a que tens direito. Agora não tens famílias inteirasAgora não tens casas para viverAgora não tens haveres. Mas tens a alma e o espaço todoPara cresceres construindo a liberdadePara (re)escreveres a tua históriaCom tinta de sangue e de amor. Para seres Loro sae, Timor. 30.09.99José Almeida da Silva Timor cresceu e enraizou a esperança Parece que o vento mudou. Perdeu o Norte. Parece acalentar a alma desejosa. Timor cresceu e enraizou a esperança. O Mundo olhou-o, enfim, da sua torre. Não sem cumplicidade. As montanhas são agora planícies. O sofrimento é menos doloroso. O luto parece uma alegria. É tempo de futuro e confiança. Não há tempo para lágrimas nem tristezas. Só bem-aventuranças. Timor cresceu e enraizou a esperançaTodo o cuidado é pouco no entantoHá aves de rapina cujo cantoNega às outras a sua liberdade. 09.11.99José Almeida da Silva Posted by MigueldeBurgos at julho 26, 2005 12:24 PM

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